segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Memórias de infância

 Blogagem Coletiva. Estou participando da blogagem coletiva do lindo blog Brie com Goiabada da Fabíola, um encanto  de menina que conheci pessoalmente no EG.
Essa blogagem tem como tema:  "Lembranças de refeições de infância"
Para quem quer saber mais sobre a blogagem leia Aqui

Eu guardo muitas lembranças da minha infância, mas tem uma que cabe bem ao propósito dessa blogagem e é essa que conto para vocês hoje.



Uma das coisas que mais gosto de comer é  "frango à moda caipira", que minha mãe preparava muito bem. Mas também tinha uma coisa que detestava, (digo,detestava,porque hoje eu gosto), "omelete". E é sobre essas duas comidas que me vem a lembrança de infância, quando tive que engolir a "horrível" omelete, mas querendo comer o franguinho. Foi assim:

Morava em uma cidade do interior onde os vizinhos por sua simplicidade e proximidade se tornavam muito amigos. Veio morar na casa ao lado da minha, um casal de professores récem casados advindo de  outra cidade, "Odete e Geofrei" eram seus nomes.

Por não conhecer ninguém na cidade e também por estar longe de sua família, d. Odete se apegou à minha mãe e era muito carinhosa comigo, que é muito próprio dos professores de crianças. Ela não sabia cozinhar, e casadinha de novo e sem muitas posses para contratar empregada tinha que preparar suas refeições, e sempre pedia para a minha mãe ensiná-la. Depois de algum tempo, ela toda feliz por já estar dominando a arte de cozinhar,me convidou para almoçar em sua casa.
Lá fui eu toda animada com o convite!
Sabe o que tinha para o almoço? Frango e omelete! Sentei à mesa olhando com medo para a omelete, mas de rabo de olho no delicioso franguinho! Ai meudeus! De repente estava lá no meu prato um naco da temida omelete e uma coxa de frango. Pensei - vou comer logo a omelete para ficar livre  (não podia fazer desfeita né?)e depois saborear o franguinho tranquilamente. Ledo engano! Minha estratégia não funcionou.
-Você gosta de omelete!? Então come mais um pedaço! 
Que suplício!!! A omelete crescia dentro da boca, agora, o frango, se comi eu não lembro, porque o desgosto suplantou o gosto. Mas para vergonha dessa aqui que vos fala, minha mãe contou para d. Odete que não sabia desse meu gosto por omeletes e assim foi descoberto o meu modo sem efeito de me livrar de uma coisa não desejada, mas que caiu na graça de d.Odete.
Para me agradar ela resolveu me dar um pintinho de presente, que seria como uma compensação ou premiação sei lá de ter comido uma coisa que não gostava só para não desagradar a cozinheira,o que com toda alegria comecei a criar esperando ficar gordo para ir para a panela. Mas acontece que ele ficou sendo meu bichinho de estimação, cuidava com todo o carinho e até nome eu dei a ele - "branquinho".
Certa noite deu um temporal muito forte,com raios e rajadas de vento. E na manhã seguinte fomos ver o estrago da noite anterior, o vento fora tão forte que derrubou o galinheiro, e o branquinho...coitadinho! Ficou muito ferido,quase à morte.



Minha mãe não pensou duas vezes: No almoço daquele dia o frango era o cardápio. 



MÃE!!! Coma menina! Não dá para desperdiçar!




E assim foi aquele chororô: Meu branquinho... nhac uma mordida, uma lágrima, outra mordida, outra...
Aqui, o gosto suplantou o desgosto!!!!

Essa história faz parte das minhas lembranças de infância.

As imagens deste post foram retiradas do Google imagens.

5 comentários:

  1. adorei a históriaaa! coitadinho do branquinho, Maria de Lourdes!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    :)

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  2. Ai, Lourdes, que dó do Branquinho! Rs. Criança passa por cada uma, né? Mas que história essa de não gostar de omelete? Você, menina, preferiu engolir a comida que detestava para não magoar sua vizinha, que fofo isso :) Mas aposto que você dever ter ficado um tempo meio "assim" com frango, não? Um beijo!

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  3. Lourdes,
    Você é uma ótima contadora de histórias, adorei!
    Apesar do caso triste do Branquinho, quando vi o clipart que você usou, tive que rir.
    Muito legal a lembrança da vizinha se apegando à sua mãe. Todos precisamos uns dos outros, não é mesmo?
    Ótimas recordações!
    Bjs.

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  4. Ai que dóóóó!!! Tadinhos de vocês dois! Lourdes que delícia de passeio pelas memórias da sua infância! muito obrigada por participar desta brincadeira!
    Beijos mil
    Fabiola

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  5. Adorei a história Lu, mas fiquei com muita pena do Branquinho kkkkkk
    As mães antigamente eram tão bravas né? E ai de nós se aprontassemos, e vc desde pequena já tinha o dom e a sabedoria em não magoar as pessoas. Amei a postagem. linda. Bjocas uma linda semana

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